sábado, 8 de maio de 2010

Mentira


Mentira
Foto-João Ferraz
Célia Pires


Abri meu coração.

Escancarei a minha porta.

No desespero da paixão rasguei a roupa. Bati. Gritei. Por fim, chorei.

Sempre acreditei que os olhos diziam tudo, mas os meus, "mudos", não lhe passaram a mensagem.
Fui aprendendo com a crueza do amor o que é o querer sem querer, o que é querer ser par/ter par e estar a par.

Muitos outros vieram-mas não quis ninguém- você deixou sua marca/tatuagem, indelevel no
meu corpo, na minha alma e no meu coração.

Não tranquei meu coração, mas até agora você ainda ocupa todos os cantinhos- você corre pelas
minhas veias. Teimosa, a sua imagem não desbota...

Você é como um filme que tem uma imperfeição, mas por algum motivo a gente insiste em assistir de novo e de novo...

Se você fizer um sinal eu vou. Não presto?. Não, eu amo!
Só lamento ter sido mentira as palavras açucaradas que bebi de sua boca e de ter sido falso o amor que você jurava sentir.

Mas a mentira me trouxe a verdade do que é amar alguém incondicionalmente. Ficar pronta para perdoar no momento em que você atravessar o meu caminho. Falta de vergonha? Não. Já disse que é amor!
Mentira se eu disser que sabia que você me enganava. Só sabia da delícia e da loucura que era você.

Eu ainda te espero... e isso não é mentira!!!

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