segunda-feira, 17 de maio de 2010

O árbitro
























Foto-João Ferraz

O árbitro


Célia Pires

Novamente entrei em campo.Decidido. Forte. Sem medo de fraquejar, mesmo as pernas tremendo ansiosas, mesmo as mãos se mostrando nervosas.
Treinei tanto as jogadas que supôs que nada daria errado. Era gol na certa.
Meu coração palpitava mergulhado na mais pura esperança.
Corri. Suei a camisa.
Aflito quase não passei a bola com medo de não conseguir chegar até a pequena área e te dizer tudo o que sinto.
Mas na afobação, trancei as pernas me desequilibrei levando comigo os concorrentes que também, queriam acabar com a solidão, jogadores de ilusão.
O árbitro da desilusão se lançou sobre mim. Não quis saber dos meus argumentos.Expulso fiquei com o coração nas mãos, partido, esperando ansioso a próxima partida para tentar numa jogada de mestre fazer um gol certeiro e gritar com toda a força do meu coração para toda torcida escutar e você ouvir: TEAMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

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