terça-feira, 11 de maio de 2010

Fly


Foto-João Ferraz
Fly
Célia Pires
Percebo tarde demais que o meu raio de ação visual e emocional me impediram de alçar vôos mais altos, de me lançar ao mar imenso com medo de ter as asas molhadas e salgadas pela desilusão. Mas de que adiantou?O vento soprou assim mesmo.Impetuosamente. Furiosamente.
Lutei bravamente, a despeito da limitação do meu raio de ação. Ansiava por um lugar onde pudesse pousar em segurança, mas descubro que a vida é uma montanha- russa sem controle e que nem sempre posso aterrizar onde eu quiser.
Vou aos poucos aprendendo a voar. Vôos rasantes. Vôos altíssimos.E só paro quando um certo 'visgo'por um instante me impedem de voar e me deixo ficar, relaxo e sinto que posso compartilhar vôos, néctares e voar sem precisar de asas....

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