terça-feira, 18 de maio de 2010
Agonia
Foto-João Ferraz
"Agonia"
Sinto o rasgar do meu coração que se queixa e se queixa de mágoa de amor e me condena por ter sido gueixa, servil, escrava de uma paixão quase doentia, mas não me arrependo, pois acredito que não podemos e nem devemos viver com os sentimentos embaçados. Precisamos limpar as vidraças,mesmo que mais tarde essa transparência nos cegue de dor.
Se não tentarmos como saber?
Fisgados, muitas vezes, não dispomos de armas para lutar contra o que acreditamos ser amor
Só quando vem a agonia lancinante e nos lança ao abismo da dor é que vamos cair em nós. Mas ai já é tarde.
Juntar os cacos da dor parece ser uma tarefa ardua demais, melancólica demais,mas é preciso.
Certo que muitas vezes ao jogarmos a ancora pensamos ser aquela a embarcação definitiva e tristemente naufragamos.Naufragamos.
Lutamos bravamente para não nos afogarmos. Mesmo e ainda assim não devemos desistir nunca do amor, por mais trágico e grave que tenha sido o relacionamento anterior. A única certeza desses sentimentos que nos provocam dor e agonia é de que não era amor, não era amor...
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