terça-feira, 6 de abril de 2010

Tristeza Colorida

Foto-João Ferraz




Tristeza Colorida

Célia Pires

Quantas vezes busquei novos horizontes? Lembrava da música que dizia que além do horizonte deveria ter um lugar bonito para se viver em paz. Prossseguia. Até que essa busca deixou de acontecer dentro de mim. Embora nomade, o ideal que eu tinha sofreu paralisia. Passei a não andar mais, não correr mais atrás desse horizonte que outrora coloria a minha tristeza.
O que sou se nada busco?Onde espero chegar se caminho para lugar nenhum?
Às vezes, quero ir em busca de mim mesmo. Mas me falta o veículo: coragem. Sim coragem de me encarar, de me enfrentar, de deixar de ser apenas um número na estatistica. Choro e ninguém vê. Ninguém liga. Conheço o inferno. Sei a cara do Diabo e sei de seu outro nome: Indiferença.
Mas embora alquebrado, no fundo, no mais profundo de mim mesmo ainda guardo uma arma poderosa: a Esperança e ela que me faz viver um dia de cada vez. Hoje é essa Esperança que faz a minha tristeza colorida.

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