terça-feira, 13 de julho de 2010

Marimbondo


Foto-João Ferraz

Marimbondo


Célia Pires

Ás vezes, com medo do que poderemos enfrentar, queremos forjar o nosso próprio destino e nessa fuga, por comodidade, deixamos a bagagem de sonhos ser espalhada ao longo do caminho.
Pretensiosos, nos esquecemos que aqueles sonhos eram o que tínhamos de melhor em nós, pois por eles nos arriscavamos nas batalhas diárias e nos alimentávamos de esperança. Muitas vezes, essa ânsia de seguir para bem longe nos conforta, pois longe da dor acreditamos que ela não nos seguirá. Fortalecidos por esse sofisma, vamos acreditando que no final tudo dará certo! Mas que final é esse que nos alija os sonhos? Que embora não pareça faz com que a gente abdique do que é simplesmente natural?
Mexemos com marimbondo sem saber, ao deixarmos os sonhos para trás, e podemos sair picados e machucados para sempre com o ferrão da angústia encravado na carne.
Quando queremos empreender fuga de nosso próprio destino os caminhos que serão percorridos não serão alumiados, pois nos faltará a luz da esperança. A sombra e a escuridão parecerão coisas tão normais que nos acostumaremos a elas e quando quisermos nos libertar da cela imposta por nós mesmos, poderemos já estar no corredor da morte à espera de que alguém devolva a bagagem de sonhos que deixamos espalhada ao longo do caminho....para prosseguirmos naquele caminho essencial, que já estava traçado dentro de nós, e tinha como destino a busca da verdade a quem muitos dão o nome de felicidade....

Um comentário:

  1. muito legal seu blog serei seu seguidor
    ahhhhhh e estrei recentemente meu blog espero que goste.
    www.rodrigobueno.blogspot.com
    leia e comente, para que eu possa me aprimorar, muito obrigado.

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