domingo, 2 de agosto de 2009




Célia Pires


Não devemos sofrer por amor!

Hoje alguém me chamou de esquisita. Tive que concordar em número, gênero e grau. Só uma pessoa bem esquisita mesmo pode gostar de quem não gosta dela! Aiaiaiaaiaiaiaaiaiai. Fiquei sentida!Mas meu coração pede calma e me sussurra que as coisas sempre acontecem na hora certa. Se não acontecerem, paciência! Posso afirmar que você conseguiu algo nunca conseguido antes: me encantar!
Me pego pensando no quanto você é um cara especial. O quanto é querido. De riso e sorriso genuínos.Muitas vezes um menino que se recusa a crescer! Muitas vezes, a melancolia cai sobre mim, pois me pego pensando que finalmente encontrei alguém que eu tanto procurava, mesmo a recíproca não sendo verdadeira.
Mas aprendi com um poema de Carlos Drummond de Andrade que não devemos sofrer por amor, que o certo é apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso. Mas ao mesmo tempo como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta também vem de Drummmond e é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
E de novo Drummond nos salva:A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Sei que nada possuo para encantá-lo.O que sua boca não revela o meu coração não sente e vai pulsando de contentamento só por você existir.

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