quarta-feira, 29 de setembro de 2010
El mar
Obra de Marcelo Accarini
www.accarinifinearts.blogspot.com
El Mar/La mer/The Sea
Quero desaguar minhas doces águas e misturá-las ao seu sabor.
‘Salgadamente’ delicioso!
El mar de amar!
E nas pinceladas do tempo te observo azul.Verde. Cinzento.
Mas não te perco.É la mer à vista!
E não importa em que lingua:’o mar’,
‘la mer’ ou ‘the sea’, meu mergulho é absoluto!!!
L'amour solitaire
Obra do pintor Marcelo Accarini
www.accarinifinearts.blogspot.com
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L'amour solitaire"
Célia Pires
Mergulho cada vez mais
no jardim de mim mesma.
Sinto a flor se abrir.
O cheiro da rosa a espalhar seu perfume.
E cada vez mais sinto o aroma da flor
se espalhando em doçura.
Só o morno e doce nectar me entontecendo,
no jardim de mim mesma.
Sinto a flor se abrir.
O cheiro da rosa a espalhar seu perfume.
E cada vez mais sinto o aroma da flor
se espalhando em doçura.
Só o morno e doce nectar me entontecendo,
entorpecendo e ao mesmo tempo aquecendo os sentidos.
Que boa solidão...onde posso contemplar o infinito, ultrapassar as fronteiras e ir ao encontro do meu próprio eu...
Que boa solidão...onde posso contemplar o infinito, ultrapassar as fronteiras e ir ao encontro do meu próprio eu...
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Arcos
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O melhor amigo do homem
(Bidu, um dos queridinhos lá de casa)
Célia Pires
Quando achava que nada podia ainda me cativar
e colocar outro motivo de alegria pra ficar você "apareceu"
O melhor amigo do homem
Célia Pires
Quando achava que nada podia ainda me cativar
e colocar outro motivo de alegria pra ficar você "apareceu"
Não sei se escolhi ou fui escolhido ou se foi uma mágica reciprocidade
Só sei que cá estamos!
Se surge alguma raiva ou angústia, tudo isso se perde quando me ocupo de ti
e te alimento com requintes de carinho, com
uma carninha aqui,uma ração ali e muitos afagos, tal é meu contentamento por te ter por perto.
Já vi destruidos fios,sapatos,que me deram até arrepios!
Ralhei, mas desisti, deixei pra lá.Não adianta estressar com um amigo que me tem um amor incondicional, que parece entender os queixumes dos meus versos, minha voz, por vezes, embebida de alguma melancolia ou mesmo a alegria que nem outras gentes percebem.
E nos passeios,parece você a me levar não o contrário, e com você a cada dia, ao mesmo trajeto é lançado um novo olhar , como se um cão como você pudesse de alguma forma espalhar alguma magia e fazer diferente o mesmo caminho.Descobrindo tesouros ao longo do percurso.
Parece se alegrar e compreender minhas vitórias!
Ás vezes paro e me assusto: como pode um cão suavizar dores, fazer, com um simples abano de rabo ou mesmo uma euforia incontida, com que a gente perceba que é amado?Ás vezes você silencia e esse silêncio me faz companhia, como se entendesse que naquele momento eu necessitasse daquela morna calmaria e ao oferecer sua cabeça ou o corpo para o afago é como se demonstrasse que não tenho o coração insensível, que sou sim capaz de amar.Sim, você me ensina,pois seu coração não tem portas e nem janelas.
De repente, me lembro de uma velha música que diz"Eu cheguei em frente ao portão. Meu cachorro me sorriu latindo".
E compreendo porque o cão é o melhor amigo do homem. Sim, compreendo tudo....
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Torres
Foto-João Ferraz
Torres
Encerrada nas torres de mim mesma acreditei que um dia um belo principe viria me resgatar.Equivocada não saia do lugar e só esperava,pois loucamente acreditava que ele um dia chegaria. Ah, como riam. Desdenhavam.Satirizavam.Mas aquela certeza não me deixava.
Muito tempo se passou. Os sonhos amadureceram,mas não envelheceram
Mas como todo conto de fada tem um final feliz. Não desisti.Vivia encerrada nas torres,disfarçando as dores de ser só.
Até que um dia uma fada madrinha se condoeu de mim e um alerta me fez: "talvez aqui do alto de sua vontade ele não possa te ver.O mundo está moderno. Desça. Atravesse a ponte e verá que a sua sina vai mudar!" Assim fiz. Corajosa, o lugar deixei e enfrentei.
Até que o acaso o trouxe até mim.Ele não era nada daquilo que eu imaginava.Era mais.Era surpreendentemente belo,mas belo de um jeito que trazia no peito um desejo da gente acalenta-lo, curar as suas feridas com algumas “lambidas” de afeto.
Seu olhar,um pouco acanhado,parecia enxergar além de minh’alma.Sim era. Ele era. Um príncipe!Não tinha um cavalo branco, nem me ofereceu um anel de diamantes.Mas me deu algo mais raro: seu amor.E antes que alguma bruxa malvada lançasse uma maldição o levei rapidamente para as torres do meu coração, para as torres do meu coração...
Torres
Célia Pires
Encerrada nas torres de mim mesma acreditei que um dia um belo principe viria me resgatar.Equivocada não saia do lugar e só esperava,pois loucamente acreditava que ele um dia chegaria. Ah, como riam. Desdenhavam.Satirizavam.Mas aquela certeza não me deixava.
Muito tempo se passou. Os sonhos amadureceram,mas não envelheceram
Mas como todo conto de fada tem um final feliz. Não desisti.Vivia encerrada nas torres,disfarçando as dores de ser só.
Até que um dia uma fada madrinha se condoeu de mim e um alerta me fez: "talvez aqui do alto de sua vontade ele não possa te ver.O mundo está moderno. Desça. Atravesse a ponte e verá que a sua sina vai mudar!" Assim fiz. Corajosa, o lugar deixei e enfrentei.
Até que o acaso o trouxe até mim.Ele não era nada daquilo que eu imaginava.Era mais.Era surpreendentemente belo,mas belo de um jeito que trazia no peito um desejo da gente acalenta-lo, curar as suas feridas com algumas “lambidas” de afeto.
Seu olhar,um pouco acanhado,parecia enxergar além de minh’alma.Sim era. Ele era. Um príncipe!Não tinha um cavalo branco, nem me ofereceu um anel de diamantes.Mas me deu algo mais raro: seu amor.E antes que alguma bruxa malvada lançasse uma maldição o levei rapidamente para as torres do meu coração, para as torres do meu coração...
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Piquenique
Foto-Carlos Nery
Piquenique
Célia Pires
Num piquenique descobri que
existem pessoas cuja superfície é bonita, mas abaixo da superfície são muito mais.
Elas carregam um que de esperança de que as coisas vão melhorar mesmo tudo indicando o contrário.
Ah, essas pessoas são tão especiais. Elas sabem ouvir, calam e falam no momento certo.
Mas a despeito de serem especiais elas nos fazem acreditar que também o somos e isso faz tão bem!
Existem pessoas que mesmo carregando uma dose extra de peso sobre os ombros não entendem o sobrepeso como um fardo, mas antes uma grande lição, uma grande prova de amor.
Elas lutam tanto, batalham tanto que até parece covardia a vida não lhes dar o que merecem, mas não reclamam e continuam remando.Com fé.Na fé.
Elas andam com o coração exposto. Não se escondem. São o que são:anjos!
Lagos que nos convidam a um profundo mergulho,pois que possuem a água mais pura, onde ao olharmos, podemos enxergar o reflexo do que é ser alguém de verdade e com verdade.
PS:Um ser luminoso surgiu em meu caminho! E agora?Seguir a luz, claro!!!
Mulher
Montanhas de Ubatuba
Obra do pintor Marcelo Accarini
www.accarinifinearts.blogspot.com
"Montanhas de Ubatuba"
Célia Pires
Meus olhos se deliciam ao avistá-las, pois ao longe parecem ser tão cremosas e macias, que por um breve instante, me esqueço das ondas salgadas de dor que a pouco 'molhavam' minh'alma.
A vontade de adentrar me invade. Descubro que ali quero me perder para me encontrar, me apartar das angústias que agitam o meu mar.
Sigo em frente,penetro no seu 'corpo' e não me arrependo: estar ali é um encontro com o divino.
É tanta beleza que dá vontade de pedirmos desculpas a nós mesmo por as macularmos com nossos dissabores.
Das plantas, da mata, do verde, sei lá,chega um perfume que me invade e me desarma. Aquela cremosidade antes distante me envolve com sua doçura.E estranhamente vem da rocha que parece me dizer que ali, no amanhecer ou no escuro da noite posso dar livre vazão à minha dor e vomitar as doloridas desilusões,pois ninguém saberá que um dia olhei a vida de longe, que fiquei nauseada com as mágoas profundas,que gemi, gritei de tanta agonia.
Mas ali parecendo ser abraçada por aquelas montanhas como um colo duro, mas cheio de uma morna ternura, me sinto fortalecida. Respiro fundo e aspiro o verde da esperanças que magicamente impregna o lugar.
Quero ficar nesse 'utero' rochoso para sempre, mas sei que seria covardia me deixar ficar ali parada. Sem lutar para conquistar o direito de ser feliz. Entendo que também sou uma montanha, feita da mais pura rocha. Certo que, por vezes, me deixo lascar, mas se até as pedras mudam de lugar quem sou eu para não tentar?Assim,desvanecida da mágoa profunda me levanto.Sei que depois desse encontro volto com alguma esperança.Alimentada pela força das montanhas me vejo renascer e gentilmente embalada por aquela singular cremosidade volto a caminhar...
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"Montanhas de Ubatuba"
Célia Pires
Meus olhos se deliciam ao avistá-las, pois ao longe parecem ser tão cremosas e macias, que por um breve instante, me esqueço das ondas salgadas de dor que a pouco 'molhavam' minh'alma.
A vontade de adentrar me invade. Descubro que ali quero me perder para me encontrar, me apartar das angústias que agitam o meu mar.
Sigo em frente,penetro no seu 'corpo' e não me arrependo: estar ali é um encontro com o divino.
É tanta beleza que dá vontade de pedirmos desculpas a nós mesmo por as macularmos com nossos dissabores.
Das plantas, da mata, do verde, sei lá,chega um perfume que me invade e me desarma. Aquela cremosidade antes distante me envolve com sua doçura.E estranhamente vem da rocha que parece me dizer que ali, no amanhecer ou no escuro da noite posso dar livre vazão à minha dor e vomitar as doloridas desilusões,pois ninguém saberá que um dia olhei a vida de longe, que fiquei nauseada com as mágoas profundas,que gemi, gritei de tanta agonia.
Mas ali parecendo ser abraçada por aquelas montanhas como um colo duro, mas cheio de uma morna ternura, me sinto fortalecida. Respiro fundo e aspiro o verde da esperanças que magicamente impregna o lugar.
Quero ficar nesse 'utero' rochoso para sempre, mas sei que seria covardia me deixar ficar ali parada. Sem lutar para conquistar o direito de ser feliz. Entendo que também sou uma montanha, feita da mais pura rocha. Certo que, por vezes, me deixo lascar, mas se até as pedras mudam de lugar quem sou eu para não tentar?Assim,desvanecida da mágoa profunda me levanto.Sei que depois desse encontro volto com alguma esperança.Alimentada pela força das montanhas me vejo renascer e gentilmente embalada por aquela singular cremosidade volto a caminhar...
Mais orquideas
Obra do pintor Marcelo Accarini
http://www.accarinifinearts.blogspot.com/
"Mais Orquídeas"
Célia Pires
Retrata pureza e graça.O movimento.
A imaginação diante de tanta beleza
quase nos faz sentir sua fragrância.
As delicadas formas, as sutis nuances de cores,
encantam, atraem.
Nada de artifícios.
Absolutamente do natural.
Na essência.Da essência!
No retrato, retrata as flores que colheu
e as coloca no vaso de sua verdade...
http://www.accarinifinearts.blogspot.com/
"Mais Orquídeas"
Célia Pires
Retrata pureza e graça.O movimento.
A imaginação diante de tanta beleza
quase nos faz sentir sua fragrância.
As delicadas formas, as sutis nuances de cores,
encantam, atraem.
Nada de artifícios.
Absolutamente do natural.
Na essência.Da essência!
No retrato, retrata as flores que colheu
e as coloca no vaso de sua verdade...
sábado, 18 de setembro de 2010
Vento
Foto-João Ferraz
Célia Pires
Vento
Impetuoso ele chegou. Vento imperioso derrubou todas as defesas.
Não deu tempo para nenhuma reação. Era inútil resistir.
Não se sabe se era um ciclone ou vendaval.
Só que era forte e com uma única missão: agitar e arrebatar com seu amor um coração que até então vivia num mar de calmaria...na mais completa calmaria!
Resumo
Foto-João Ferraz
Resumo
Célia Pires
Triste alguém dizer que o passado não importa.
Será que foi tão ferido ou feriu que não quer se lembrar?
No passado existem tijolos que contribuíram para formar a construção que somos hoje.Se o telhado é de vidro, cuidado com as pedras!
Trazemos um grande rio de emoções dentro de nós.E muitas vezes temos que nadar contra a correnteza, amargar horas de pura solidão e quando finalmente lançados à imensidão do oceano ficamos esperando que alguém nos jogue um bote ou acene de um porto qualquer.Mas a embarcação da vida não pára, por isso, em resumo, construa sua âncora para quando a ventania parar de palpitar...
Kripta
Chão
Foto-João Ferraz
Chão
Célia Pires
Você me deixou sem esperança, quando inseguro de si mesmo, se lançou no mundo para viver novas histórias: Meu mundo era pouco, meu amor não era nada.
Assim, depois de longo tempo tentando viver do que ainda havia restado de amor próprio em mim, você aparece assim de repente, sem avisar, sem avisar!!!
Quando te vi não sabia se me trazia ou levaria novamente algo de mim.Se havia ensinado ou aprendido. Também não sabia se havia chorado ou sorrido.
Se havia ficado calado ou contado muitas histórias.
Se havia voltado alguém melhor ou pior.
Se educado ou grosseiro.
Se havia retornado mais homem ou mais menino.
Se os músculos estavam doloridos.
Mas percebi que a alma estava descansada e no momento, foi tudo o que importou.
Você me contou de sua longa peregrinação e de que todas as ausências, a mais significante foi a minha.
Definido. Seguro. Verdadeiro. Sem arrependimentos me confessou o seu amor plantando novas sementes de esperança,povoando o jardim abandonado em mim.
Ao longo do caminho, descobriu que não podia distorcer o sentido de sua vida, reconhecia que nos fazer feliz era sua principal missão.
Foi dizendo que aprendeu que a vida é cheia de possibilidades, e, que a cada minuto pode trazer algo especial, então fez o caminho de volta, seguiu seu destino que o trouxe a mim. Inteiro. Por inteiro!
Não fiz cobranças. Aceitei a sua volta como um prêmio que a vida me dava:não tinha mais dores a ofuscar e a salgar o meu caminho, pois ali estava novamente o meu chão, o meu chão...
Futuro
Foto-João Ferraz
Célia Pires
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
Que nos arrasta moço sem termos visto a vida
Ou coisa parecida, ou coisa parecida,
Ou coisa parecida".
Futuro
Célia Pires
Pretérito e ao mesmo tempo futuro.
Materialização do que nos vai no coração: saudade, alegria,tristeza, bem, mal, alivio, dor. Tudo junto e misturado.Incerteza. A luz ou a escuridão? Ou o nada absoluto ou absolutamente nada?
Lugar onde afloram os conflitos, sentimentos contraditórios e uma
silenciosa e inconfessável censura por nos lembrar o 'rapto' do folego da vida e nos transformar mais dia menos dia num finado viajante cruzando a linha do tempo.
Futuro,inexorável, interrupção a que nenhum de nós, com raras exceções, quer chegar.
Mas é o ato crucial, o final da trama de cada um de nós.Inevitável.Inevitável.
Nós, vivos, somos cúmplices e nos enganamos,não fazemos a chamada auto-sondagem, nem ao menos pensamos em cruzar essa desconhecida fronteira.
Mas como diz um verso de uma música de Belchior"Deixemos de coisa, cuidemos da vidaPois se não chega a morte ou coisa parecida
Que nos arrasta moço sem termos visto a vida
Ou coisa parecida, ou coisa parecida,
Ou coisa parecida".
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Beijos,todos
Foto-João Ferraz
BEIJOS,TODOS!!!!
Célia Pires
O rio de lágrimas que estava por vir fica represado
E como num passe de mágica o coração se alegra
O lábios se abrem num sorriso que me
aquece e derrete toda e qualquer dor ou angústia
É uma coisa assim simples o que provoca isso, mas que torna o dia
imensamente feliz quando ele confessa:
A poesia me encanta... como se a poesia fosse eu.
Sim, como se a poesia fosse eu...
E uma das coisas mais deliciosas é quando ele diz:
BEIJOS,TODOS!!!!
terça-feira, 14 de setembro de 2010
O passado não importa?
Triste alguém dizer que o passado não importa.
Será que foi tão ferido ou feriu que não quer se lembrar?
No passado existem tijolos que contribuíram para formar a construção que somos hoje.Se o telhado é de vidro, cuidado com as pedras!
Trazemos um grande rio de emoções dentro de nós.E muitas vezes temos que nadar contra a correnteza, amargar horas de pura solidão quando finalmente lançados à imensidão do oceano esperamos que alguém nos acene de um porto qualquer.Mas a embarcação da vida não pára. Por isso construa sua âncora para quando a ventania parar de palpitar...
Quando me lanço na cova dos leões eu SOU o leão!
Museu do Ipiranga
Obra do pintor Marcelo Accarini
http://accarinifinearts.blogspot.com/
"Museu do Ipiranga"
Célia Pires
Quem ousa dar hoje um grito?
Não sei.
Só sei que o pintor ousa retratar
um pedaço de nossa história, de nossa memória.
Desconfiados, mas sossegados, comemoramos à margem, invadimos suas salas, nos regojizamos com seu luxo e calamos o grito do Ipiranga!!!!
http://accarinifinearts.blogspot.com/
"Museu do Ipiranga"
Célia Pires
Quem ousa dar hoje um grito?
Não sei.
Só sei que o pintor ousa retratar
um pedaço de nossa história, de nossa memória.
Desconfiados, mas sossegados, comemoramos à margem, invadimos suas salas, nos regojizamos com seu luxo e calamos o grito do Ipiranga!!!!
Rua
Obra do pintor Marcelo Accarini
http://accarinifinearts.blogspot.com/
"Rua"
Que bonita rua o pintor retratou!
Onde será que ela fica?
Talvez, numa cidade onde possamos escalar o pico do Itacolumi.
Talvez seja somente uma rua inventada pela sua fertil imaginação. Não importa.É a sua rua pincelada. É a sua criação feita a partir de suas mágicas mãos e por isso, e somente por isso, linda...
http://accarinifinearts.blogspot.com/
"Rua"
Que bonita rua o pintor retratou!
Onde será que ela fica?
Talvez, numa cidade onde possamos escalar o pico do Itacolumi.
Talvez seja somente uma rua inventada pela sua fertil imaginação. Não importa.É a sua rua pincelada. É a sua criação feita a partir de suas mágicas mãos e por isso, e somente por isso, linda...
O silêncio na catedral vazia de outros viventes é prata.
A paz que isso provoca em meu coração é ouro.
Impossível, nesse silêncio 'gótico', que convida a mergulharmos em nós mesmos,e em meio a tanta beleza, me lembrar se sou beata, atéia ou qualquer coisa que o valha!
Só sei que experimento a força daquela fé que move o mundo e que é impossivel profanar,impossivel profanar, pois é valiosa, como a prata.Como a Catedral de La Plata!!!!!!!!
A paz que isso provoca em meu coração é ouro.
Impossível, nesse silêncio 'gótico', que convida a mergulharmos em nós mesmos,e em meio a tanta beleza, me lembrar se sou beata, atéia ou qualquer coisa que o valha!
Só sei que experimento a força daquela fé que move o mundo e que é impossivel profanar,impossivel profanar, pois é valiosa, como a prata.Como a Catedral de La Plata!!!!!!!!
Ipê
"Ipê"
É nativa.Brasileira!
Casca grossa,calejada dos ventos fustigantes, mas feiticeira faz das folhas, flores.Camaleoa.Sem frescuras , por vezes,'transita' por solos secos, pedregosos e ainda assim surge
exuberante em flores que encantam, apaixonam
e fazem com que o pintor,um jardineiro da vida,ao se sentir tocado por tanta exuberância a 'plante' num quadro como uma linda e mágica 'mancha' de inebriantes cores...
É nativa.Brasileira!
Casca grossa,calejada dos ventos fustigantes, mas feiticeira faz das folhas, flores.Camaleoa.Sem frescuras , por vezes,'transita' por solos secos, pedregosos e ainda assim surge
exuberante em flores que encantam, apaixonam
e fazem com que o pintor,um jardineiro da vida,ao se sentir tocado por tanta exuberância a 'plante' num quadro como uma linda e mágica 'mancha' de inebriantes cores...
Entrou pelo cano
Foto-João Ferraz
"Entrou pelo cano"
Célia Pires
Curioso foi em frente e não titubeou. Não percebeu o caminho estreito que por vezes temos que percorrer para sanar as ambições. Não percebeu os arranhões feitos na passagem, que poderiam se transformar em feias feridas, onde talvez, não houvesse ninguém por perto para ouvir seus queixumes, seu gemido de dor.
Mas fascinado pelo que poderia encontrar do outro lado seguiu, bebado de cobiça, embriagado de desejo.
Certo de que valia à pena pagar qualquer coisa pela vista não se importou com o horror que poderia advir e como um cão de faro manco entrou de cabeça no cenário, sem cautela, sem se importar com o perigo iminente. Só na expectativa da visão, antecipando o gozo da contemplação. Foi em frente, mas entrou pelo cano, e a despeito de todo e qualquer perigo pelo qual enfrentou não se arrependeu e ali pela abertura do cano teve o prazer de ver o maior espetáculo de sua existência e teve a certeza de que cautela é bom, mas às vezes desafiá-la e ultrapassar as fronteiras de si mesmo pode mudar a sua vida, mesmo que alguns digam: "ele entrou pelo cano".E dai?
"Entrou pelo cano"
Célia Pires
Curioso foi em frente e não titubeou. Não percebeu o caminho estreito que por vezes temos que percorrer para sanar as ambições. Não percebeu os arranhões feitos na passagem, que poderiam se transformar em feias feridas, onde talvez, não houvesse ninguém por perto para ouvir seus queixumes, seu gemido de dor.
Mas fascinado pelo que poderia encontrar do outro lado seguiu, bebado de cobiça, embriagado de desejo.
Certo de que valia à pena pagar qualquer coisa pela vista não se importou com o horror que poderia advir e como um cão de faro manco entrou de cabeça no cenário, sem cautela, sem se importar com o perigo iminente. Só na expectativa da visão, antecipando o gozo da contemplação. Foi em frente, mas entrou pelo cano, e a despeito de todo e qualquer perigo pelo qual enfrentou não se arrependeu e ali pela abertura do cano teve o prazer de ver o maior espetáculo de sua existência e teve a certeza de que cautela é bom, mas às vezes desafiá-la e ultrapassar as fronteiras de si mesmo pode mudar a sua vida, mesmo que alguns digam: "ele entrou pelo cano".E dai?
Tempo de felicidade
Foto-João Ferraz
"Tempo de felicidade"
Célia Pires
Tempo em que o peso nos ombros era somente o da mochila.
Onde era tempo de vida. Onde a turbulência visitava cada comodo de nossa curta existência e era transformada em pura energia de correr, nadar, gritar e muitas pipas no ar
Passava o peixeiro gritando pexeeeeeiroooooooooooooooo!
O verdureiro, mas a alegria mesmo era quando vinha chegando o pipoqueiro com as delicias simples em forma de paçocas, pés de moleque, maria mole, caramelos. Suspiros, ah, suspiro de saudade!
Não havia a escuridão da violência que embota hoje tantas vidas inocentes.O amor nos chegava inocentemente, por admiração e sem intenção nenhuma de cair matando'!Só olhar, só olhar...e nos envergonharmos ao sermos descobertos ou nos gabarmos se fossemos o fruto da tal admiração. Ai, ele ou ela gosta de mim"
O místério nas histórias de dar medo como a da loira no banheiro.
A feia fumaça das queimadas não nos ardia os olhos e lágrimas somente quando perdiamos no bafo(figurinhas) ou levavam 'sem querer' nossas bolinhas de gude.
A festa das brincadeiras nas ruas sem medo de sermos atropelados. Já conseguiu arrancar a ponta do dedão do pé com um tropicão e o mundo quase acabar por isso? Ah, passar o terrível mertiolate que nos ardia até a a alma. Já viu uma galinha atravessar a rua com um monte de pintinhos em fila indiana? Já se embrenhou pelos matos um dia inteiro e voltou com a 'caça' nas mãos?Nadou nos rios com medo de desaparecer no 'sumidouro'? Ficou chocado ao saber da morte de fulano que tinha enchido a cara de manga verde e foi nadar em seguida? Tomou suco em embalagens no formato da fruta como laranja ou uva?Ficou morrendo de medo de ser pego ao tocar a campainha de uma casa? As pernas pra que te quero correndo na velocidade da luz. Delícia!Amigos na calçada, amigos em cima das árvores,amigos pra acompanhar a gente até a escola, pra reclamar das coisas, contar as novidades, amigos pra pedir metadinha do lanche, amigos pra o que der e vier, amigos de verdade...
Inventores, construíamos carros com latas e carretéis de linha. Pasmem: andavam!Tenho quase certeza de que a reciclagem começou ali.
Politicos da boa vizinhança, bagunçavamos as casas alheias como se fossem as nossas e ainda saimos com o sorriso de orelha a orelha, pois erámos contemplados com bolo, pão feitinho na hora e Ki-Suco saboroso geladinho!
Recitou na escola se sentindo um artista? Pertenceu a uma laia?
Tanta coisa . Mas cada época é uma época e cabe a cada um guardar como uma relíquia aquele que foi o seu tempo de felicidade...o seu tempo de felicidade....
"Tempo de felicidade"
Célia Pires
Tempo em que o peso nos ombros era somente o da mochila.
Onde era tempo de vida. Onde a turbulência visitava cada comodo de nossa curta existência e era transformada em pura energia de correr, nadar, gritar e muitas pipas no ar
Passava o peixeiro gritando pexeeeeeiroooooooooooooooo!
O verdureiro, mas a alegria mesmo era quando vinha chegando o pipoqueiro com as delicias simples em forma de paçocas, pés de moleque, maria mole, caramelos. Suspiros, ah, suspiro de saudade!
Não havia a escuridão da violência que embota hoje tantas vidas inocentes.O amor nos chegava inocentemente, por admiração e sem intenção nenhuma de cair matando'!Só olhar, só olhar...e nos envergonharmos ao sermos descobertos ou nos gabarmos se fossemos o fruto da tal admiração. Ai, ele ou ela gosta de mim"
O místério nas histórias de dar medo como a da loira no banheiro.
A feia fumaça das queimadas não nos ardia os olhos e lágrimas somente quando perdiamos no bafo(figurinhas) ou levavam 'sem querer' nossas bolinhas de gude.
A festa das brincadeiras nas ruas sem medo de sermos atropelados. Já conseguiu arrancar a ponta do dedão do pé com um tropicão e o mundo quase acabar por isso? Ah, passar o terrível mertiolate que nos ardia até a a alma. Já viu uma galinha atravessar a rua com um monte de pintinhos em fila indiana? Já se embrenhou pelos matos um dia inteiro e voltou com a 'caça' nas mãos?Nadou nos rios com medo de desaparecer no 'sumidouro'? Ficou chocado ao saber da morte de fulano que tinha enchido a cara de manga verde e foi nadar em seguida? Tomou suco em embalagens no formato da fruta como laranja ou uva?Ficou morrendo de medo de ser pego ao tocar a campainha de uma casa? As pernas pra que te quero correndo na velocidade da luz. Delícia!Amigos na calçada, amigos em cima das árvores,amigos pra acompanhar a gente até a escola, pra reclamar das coisas, contar as novidades, amigos pra pedir metadinha do lanche, amigos pra o que der e vier, amigos de verdade...
Inventores, construíamos carros com latas e carretéis de linha. Pasmem: andavam!Tenho quase certeza de que a reciclagem começou ali.
Politicos da boa vizinhança, bagunçavamos as casas alheias como se fossem as nossas e ainda saimos com o sorriso de orelha a orelha, pois erámos contemplados com bolo, pão feitinho na hora e Ki-Suco saboroso geladinho!
Recitou na escola se sentindo um artista? Pertenceu a uma laia?
Tanta coisa . Mas cada época é uma época e cabe a cada um guardar como uma relíquia aquele que foi o seu tempo de felicidade...o seu tempo de felicidade....
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Unidos
Foto-João Ferraz
Unidos
Célia Pires
O amor é isso: juntos e ao mesmo tempo separados.
Unidos por uma luz que alumia uma ponte chamada perseverança que nos permite, mesmo com os abalos, seguirmos em frente. O amor não pode ser começado pensando que teremos um final feliz. O amor não tem fim. Ele é uma verdade que existe ou não dentro de nós. Nos une e ao mesmo tempo nos liberta daquela busca incessante e agoniante de encontrarmos quem nos queira tal como somos e que não vai se apartar da gente quando as sombras vierem, pois elas vêm. Não nos iludamos do contrário.
Não é errado querer laços, pois o problema começa quando eles se tornam nós.
Criam raízes dificies de serem arrancadas e quando finalmente são extraídas sempre deixam um rastro de dor.
Tem um ditado que diz que quando brincamos com fogo podemos nos queimar e mesmo sabendo de antemão o quão quente é teimamos. Teimamos e teimamos. Transformados em fumaça lá vamos nós, fortalecidos pelo outro ditado que diz onde há fumaça há fogo. Assim, caminhamos e caminhamos e por fim concluímos que andamos tão carentes ultimamente. Essa vida atribulada quase nos consome por inteiro.
Queremos pausa nessa turbulência. Queremos que o avião despenque de um vez lá do alto, mas que pouse com tranqüilidade,para que possamos descer sãos e salvos.
Mas mesmo que isso aconteça nem sempre queremos repetir a viagem, pois uma vez vivenciado o vôo já saberemos a sensação e se nos causou dor ou estranheza não vamos querer repeti-lo.Não queremos nos arriscar não é? Passamos por um tempo a prosseguir à pé, mas até que chega uma hora em que pensamos: "vai que o vôo dessa vez tenha uma paisagem diferente?" Assim, novamente lá estamos passageiros de uma nova aventura até que conhecido todo o mapa deixamos de querer passar por aqueles territórios.Nos transformamos em nomades de sentimentos? Sentimentos ou sensações? Mas sabemos a diferença e como sabemos!
Mas não devemos nos esquecer que nem todos os passageiros são iguais. Nem todos estão em busca de aventuras, alguns têm uma direção clara do que querem. Não querem apenas desejar. Querem ser, fazer, estar.Unidos.
Qual será o momento em que aprenderemos que os sentimentos alheios ou mesmo os nossos não são simples cordas de um instrumento que podem chegar e tocar ao bel prazer? É necessário, ensaio, afinação, sintonia ou o risco de platéia vazia é grande.
Por isso é uma benção quando podemos seguir assim unidos, mas 'separados', preservando a individualidade, ligados por fios de comprometimento encapados com o respeito. É raro, mas não impossível.
Nosso grande mal é sempre achar que vamos enjoar 'do pra sempre' e assim ao longo do percurso até parece que 'trabalhamos' um pouco contra, cortamos fios, apagamos as luzes da paixão e queremos que tudo dê certo acendendo apenas um palito de fósforo. Mas quando nos desarmamos e deixamos rolar isso até pode acontecer, mas unidos, um dos dois vai deixar um ' soldadinho' de atalaia municiado com 'armas' de afeto, carinho, compreensão e sobretudo perseverança, porque sofrer não é bom, nem unidos, nem separados. Muitos já aprenderam a lição de que a dor é bonita somente na poesia...
sábado, 4 de setembro de 2010
Fixo
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