quarta-feira, 30 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Marcos Nigro
Os olhos amendoados, mas profundos, 'dançam' num leve estrabismo.Olhos que parecem ver além do além,
Como se percrustassem o insondável
O movimento da vida sendo lido sem que saia do lugar. Só com o olhar...traçando marcos...
Observando marcas...
Parece percorrer trilhas emocionais sem medo de ser atropelado por locomotivas de angústias alheias,
Nos deixa a impressão pela expressão que ao mínimo gesto poderá destravar trancas abrindo portas. Soltar feras enjauladas.
Quem será este homem belo?
Pleno.
Plural.
Singular.
Será que é um poderoso mago capaz de praticar uma das mais poderosas artes que é a de tentar curar as almas dessa grande e louca locomotiva que é a vida?
O prenúncio de um leve e confortador sorriso que se forma em sua bela face nos convida a ficar... Fascinados,desarmados,
Embarcamos na sua estação...
Obra de Marcelo accarini
*Marcos Nigro é psiquiatra
Antunes Filho, o velho mestre do teatro
"Antunes Filho, o velho mestre do teatro"
De discípulo a mestre.
O teatro sempre um meio. Não um fim...
Mas no tribunal de si mesmo
O veredicto:não quer ser somente fruta madura ou
o velho mestre ‘gestando’novos ‘senhores’ do palco. Absolutamente absolutos!
Quer ser sempre semente.Pronta para recomeçar...
Não quer ser sempre pai.
Quer também ser filho.
Antunes Filho...
De discípulo a mestre.
O teatro sempre um meio. Não um fim...
Mas no tribunal de si mesmo
O veredicto:não quer ser somente fruta madura ou
o velho mestre ‘gestando’novos ‘senhores’ do palco. Absolutamente absolutos!
Quer ser sempre semente.Pronta para recomeçar...
Não quer ser sempre pai.
Quer também ser filho.
Antunes Filho...
Obra de Marcelo Accarini
sábado, 26 de novembro de 2011
Não posso matar um leão por dia
Célia Pires
A cada dia tenho que acalentá-lo.
Faze-lo entender que a lei da selva nem sempre é possível e passível de ser aplicada. Que é preciso cuidado, pois hoje a seleção da espécie não é mais natural e sim artificial, recriada de acordo com interesses muitas vezes mundanos.
Vou aos poucos o ensinando a caminhar na selva, a dar um passo de cada vez e não se lançar às coisas como um predador. É preciso cautela, pois nem sempre a caça é saborosa.Muitas vezes o frango está travestido de pavão!
Vou o orientando a olhar em volta, pois quase sempre a floresta possui armadilhas escondidas e árvores ocas que podem tombar a qualquer momento sobre nós e nem perceber o estrago que fez em nossas vidas.
Vou mostrando que na vida é possível amar e crescer sem dor.
Muitas vezes ele me escapa ao controle e ruge para aqueles que teimam em feri-lo. Difícil explicar e faze-lo entender que as armas podem ser outras. Difícil, mas não impossível.
A cada dia é preciso protegê-lo, muitas vezes de si mesmo. Todo mundo cresceu ouvindo dizer que é preciso matar um leão um por dia. Ando na contramão da história. Ao contrário de todos, tenho que doma-lo. Por uma única e simples razão: na cova dos leões eu sou o ‘LEÃO’!
Eu sou um ‘Leão’!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Cabeça
Célia Pires
Olha-se no espelho da alma. O que vê não o agrada.
Uma figura patética, deformada pelas vicissitudes da vida.
Quais pintores do destino teriam pintado para ele um quadro de cabeça pra baixo? Não se lembra de ter pousado para ser retratado com pasta grossa de ressentimentos fazendo com que existisse uma cabeça dentro de outra cabeça. Mas ele não era esse ser deformado, trágico e sombrio. As vozes dentro de sua cabeça dizem que não.
Pergunta-se que quem teria misturado as cores, borrado o verde da esperança e diluído o azul dos seus sonhos e ideal?Quem teria roubado de se as cores do mistério e da fantasia?
O que o teria levado a ser esse ser patético, medroso, lançado à solidão, à miséria humana? A uma vida sem pé nem cabeça?
Queria ser o ‘cabeça daquela situação. Queria ser pintado com cores suaves, reais. Sem dor de cabeça. Sem explosões de cores sombrias
Lembra-se de uma velha frase: sua cabeça , sua sentença.
Em desespero roga aos céus que as mãos dos pintores do destino o pintem sem utilizarem tintas ásperas que lhe arranham a tela da alma provocando dores, afastando, os afetos, os amores e que removam essa grossa casa que deforma seu ser.
Decidido a mudar o quadro de sua vida deixa-se pintar.Aos poucos sente o pincel, às vezes a espátula num vai e vem, fazendo e refazendo, desempastando, de forma suave, mas intensamente apaixonada.
Estranhamente vê que as cores utilizadas são as mesmas. Vai aprendendo que cada cor tem a sua importância.
Impressionado, vê tudo ganhar novo sentido.
De repente, quando decide novamente olhar no espelho da alma para agradecer aos pintores do destino, percebe as mãos carregadas de pincéis e espátulas; Seu sorriso brota cheio de genuína alegria.Havia montado o próprio quebra-cabeça .Não havia pintores do destino. Ele era o autor de sua história, o pintor de sua obra. O pintor de sua obra...
Obra de Marcelo Accarini
Proclamação da República
Lógico que tem horas que é quase inevitável não lançarmos mão de alguns espinhos para nos defender. Tem gente que pede e exige o nosso lado mais sombrio, como se vivesse do veneno do escorpião. Mas cabe somente a nós alimentá-las ou não.
A cada situação adversa, ao invés de espinhos, tenho plantado flores em meu jardim.
Vejo flores em mim : é muito bom conviver com o aroma da fé na gente mesmo, de que podemos sem prejuízo algum nos desviar de farpas, de lanças maldosas, talvez, de pessoas que sempre se julgam vítimas e não olham as próprias atitudes. São ruins de estratégia. Acham-se soberanas. Acima do bem e do mal. Covardes, atacam às escondidas. Faltam a elas a luz do discernimento para clarear uma verdade: a de que passou da hora de conhecerem a liberdade de poder proclamar a própria república e viver uma democracia e na democracia.
O mundo fica tão mais bonito quando plantamos rosas...
A cada situação adversa, ao invés de espinhos, tenho plantado flores em meu jardim.
Vejo flores em mim : é muito bom conviver com o aroma da fé na gente mesmo, de que podemos sem prejuízo algum nos desviar de farpas, de lanças maldosas, talvez, de pessoas que sempre se julgam vítimas e não olham as próprias atitudes. São ruins de estratégia. Acham-se soberanas. Acima do bem e do mal. Covardes, atacam às escondidas. Faltam a elas a luz do discernimento para clarear uma verdade: a de que passou da hora de conhecerem a liberdade de poder proclamar a própria república e viver uma democracia e na democracia.
O mundo fica tão mais bonito quando plantamos rosas...
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Farol da Barra
Farol da Barra
Imponente.
O eterno apogeu, como uma lança aponta para o céu.
À noite explode em luz
Simplesmente majestoso
Vestindo com seu clarão as sombras
Orientando navegantes
Vigiando sonhos, segredos e tesouros
Dos pescadores entregues ao mar
Dos poetas
De todas as gentes que por ali passa
Inspirando o pintor a retratá-lo com cores mágicas que nos remetem a sensações de calma, de paz, de tormentas e que revelam toda magia do lugar.
Levando-o a traçar um quadro como quem escreve um poema.
Imponente.
O eterno apogeu, como uma lança aponta para o céu.
À noite explode em luz
Simplesmente majestoso
Vestindo com seu clarão as sombras
Orientando navegantes
Vigiando sonhos, segredos e tesouros
Dos pescadores entregues ao mar
Dos poetas
De todas as gentes que por ali passa
Inspirando o pintor a retratá-lo com cores mágicas que nos remetem a sensações de calma, de paz, de tormentas e que revelam toda magia do lugar.
Levando-o a traçar um quadro como quem escreve um poema.
Um lindo poema de belos e coloridos versos...
Obra de Marcelo Accarini
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O dom de ser ponte
O dom de ser ponte
Não é um dom fácil esse de nascer para ser ponte. Viver para unir, para reunir. Unir os desunidos, unir corações.
Muitas vezes as muralhas surgem, perversas, altas, mas a fé da ponte é maior. Na simplicidade ela vence e abre passagens pelas brechas do amor.
Muitas vezes quando já cansada, quando pensa que vai ruir essa mesma fé lhe mostra que, na verdade, muitas vezes um pequeno gesto de amor vale mais do que a vaidade de grandes feitos e que desperta no coração das pessoas a gratidão para sempre.
Sim, não é fácil ser ponte, pois muita gente passa e nem sempre deixa boas marcas.
Mas a ponte, muitas vezes engole o choro e acredita que é muito mais bonito oferecer flores do que espinhos e que quem faz erra algumas vezes, mas quem não faz nada erra constantemente.
Por isso, sem cessar, a ponte continua sua linda missão, não de somente servir, mas de ser o que é: marcar com seu jeito especial de ser a vida das pessoas que por ela passam , pois encontram uma fortaleza, mesmo a ponte estando enfraquecida, encontram uma amiga, mesmo a ponte estando precisando também de um ombro, encontram um a anjo, mesmo a ponte estando precisando de amparo, enfim encontram uma ponte chamado Amor que também pode atender pelo seu nome. Basta você querer...
Muitas vezes as muralhas surgem, perversas, altas, mas a fé da ponte é maior. Na simplicidade ela vence e abre passagens pelas brechas do amor.
Muitas vezes quando já cansada, quando pensa que vai ruir essa mesma fé lhe mostra que, na verdade, muitas vezes um pequeno gesto de amor vale mais do que a vaidade de grandes feitos e que desperta no coração das pessoas a gratidão para sempre.
Sim, não é fácil ser ponte, pois muita gente passa e nem sempre deixa boas marcas.
Mas a ponte, muitas vezes engole o choro e acredita que é muito mais bonito oferecer flores do que espinhos e que quem faz erra algumas vezes, mas quem não faz nada erra constantemente.
Por isso, sem cessar, a ponte continua sua linda missão, não de somente servir, mas de ser o que é: marcar com seu jeito especial de ser a vida das pessoas que por ela passam , pois encontram uma fortaleza, mesmo a ponte estando enfraquecida, encontram uma amiga, mesmo a ponte estando precisando também de um ombro, encontram um a anjo, mesmo a ponte estando precisando de amparo, enfim encontram uma ponte chamado Amor que também pode atender pelo seu nome. Basta você querer...
Homenagem a artista Ana Magnani
Ana
Quando a criatividade ganha personalidade
Quando o simples artesanato vira arte
Quando o mundo de repente se enche de coisas lindas
... De bonecas da infância
De Franciscos, de Antônios, de Pedros, de João
De Todos os Santos, enfim que vai nos trazer a esperança
Quando a história de bailarinas, de fadas, de tantas gentes
De abóboras, berinjelas ganham vida
Quando retalhos contam verdades inteiras e resgatam da história
Quando sapos viram príncipes
Quando peças transformadas em pura arte ganham ares de felicidade genuína
Quando dá vontade de se jogar naquela almofada escandalosamente colorida, com ‘sabor’ de maciez e leve caricia
Quando a vida é muito mais do que impressões fotográficas
Quando a cidade ganha doces fragrâncias de infância, de boulevard e ate da casa da vovó
Quando a ternura, a meiguice, o talento são transpostos nos bordados
Quando das janelas de Araraquara
Surge um ser encantado e encantador
É ela, a menina de mãos mágicas, que tece lindos tesouros que nos aquece a alma de tão belos.
É ela a mulher, cheia de dengos
E ela a mãe que não descuida das crias.
É ela Ana, essa menina, essa mulher.
Múltipla e ao mesmo tempo única...
Quando a criatividade ganha personalidade
Quando o simples artesanato vira arte
Quando o mundo de repente se enche de coisas lindas
... De bonecas da infância
De Franciscos, de Antônios, de Pedros, de João
De Todos os Santos, enfim que vai nos trazer a esperança
Quando a história de bailarinas, de fadas, de tantas gentes
De abóboras, berinjelas ganham vida
Quando retalhos contam verdades inteiras e resgatam da história
Quando sapos viram príncipes
Quando peças transformadas em pura arte ganham ares de felicidade genuína
Quando dá vontade de se jogar naquela almofada escandalosamente colorida, com ‘sabor’ de maciez e leve caricia
Quando a vida é muito mais do que impressões fotográficas
Quando a cidade ganha doces fragrâncias de infância, de boulevard e ate da casa da vovó
Quando a ternura, a meiguice, o talento são transpostos nos bordados
Quando das janelas de Araraquara
Surge um ser encantado e encantador
É ela, a menina de mãos mágicas, que tece lindos tesouros que nos aquece a alma de tão belos.
É ela a mulher, cheia de dengos
E ela a mãe que não descuida das crias.
É ela Ana, essa menina, essa mulher.
Múltipla e ao mesmo tempo única...
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Proibido estacionar onde não haja mornas esperanças
Muitas vezes condenamos as decisões das pessoas por acharmos que com medo de errar e arriscar tomam o caminho mais facil e confortável. Mas,muitas vezes, essas decisões vista através de olhares alheios pode até parecer mais fácil. Ás vezes, embora a gente não queira, por valores morais ou por conta de nossos afetos ...tomamos certo rumo, pois 'respondemos' ou carregamos bagagens que não somente as nossas, de gente que por 'n' motivos dependem da gente,pois nem todo mundo nasce como uma ‘mensagem perfeita’.Há palavras erradas, versos incompletos... Muitas vezes a manutenção do ‘talvez’serve como um lenitivo para que a esperança não morra de vez: Há cura? Sim.Não. Tem vaga? Sim.Não. É triste e cruel não ouvir um talvez...
Você é do tipo que costuma se lembrar de quando acertam com você e dificilmente esquece quando erram? Conta boa essa hein? Então,se todos pensarem assim as coisas não vão mesmo ficar mornas.Altas temperaturas...
Ao longo da vida vamos aprendendo, não sem dor, que nem tudo é preto ou branco.Há nuances de cinza.Que nem tudo é sim ou não e que, graças a Deus existe o talvez!
Nem sempre na vida dá para tomar decisões precisas,mesmo a gente tendo opção de escolha,pois muitas vezes escolhemos ir para a praia num dia de calor e para nosso desencanto chove. Faz frio.
Em tudo,em todos os setores da nossa vida profissional ou emocional não há como viver coisas quentes todos os dias. As coisas consideradas mornas são uma preparação,um descanso para vivenciarmos integralmente os momentos excepcionais, por serem exatamente isso: excepcionais!
Não podemos exigir das pessoas determinadas atitudes que são inerentes à sua personalidade se a gente mesmo reluta em mudar. Estamos sempre proibindo os outros de estacionar. Sim é proibido estacionar, reservado para momentos excepcionais.
Mas digo que se formos querer viver somente momentos excepcionais vai chegar uma hora que, seletivos demais, teremos percorrido milhas e milhas, imaginando com toda a certeza que teremos deixado para trás coisas mornas e sem vida que não nos deixaram marca alguma, pois é do ser humano ser um eterno descontente.
Sem perceber podemos nos transformar no tipo de pessoa que condenamos por terem medo de arriscar, que preferem trilhar sempre o caminho mais seguro. que as impedem de ousar e acrescento de estacionar, deixando de beber no lago das mornas e curativas esperanças.
Não podemos nos esquecer de que cabe a nós o poder da transformação: do ordinário ao sublime,do simples ao extraordinário.
A vida é uma grande aventura com sins,com nãos e com certeza,talvez...e que nem sempre o caminho que parece fácil ao longo do percurso se mostra tão fácil assim...
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