terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Tempo

Foto de João Ferraz

TempoCélia Pires

Não sabia que vivia o tempo de ser feliz.
Sonhos povoavam minha mente a todo momento
A poesia brotava de meu ser como flores num lindo jardim
Os olhos brilhavam com lágrimas, mas de alegria
Tinha beijos, todos
Tinha seu bom dia, meu pão diário de alegria, sua inspiração, constância, inteligência, equilibrio. A sua adoravel originalidade.
Mas queria mais...queria possuir além da essência. Queria mais presença.
E desconhecendo que a vida é um risco molhei o sonho de algodão.Não mais etereo, se desprendeu caindo e caindo...murchando com a realidade
Ao jogar pedras na janela da ilusão rachei o vidro do encantamento.
Trinquei os sorrisos
Amarguei o mel
Mas o tempo que a tudo cura sempre nos ensina que não há mal que sempre dure...
Então, ao olhar o relógio do tempo percebo que embora rachada, a janela está aberta, ainda está aberta...

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