terça-feira, 10 de maio de 2011

Teatro Municipal de São Paulo-obra do pintor Marcelo Accarini




Teatro Municipal de São Paulo

A imperiosa construção deixa seus olhos maravilhados. Na leitura do ‘DNA’ traços renascentistas, barroco e art noveau.
Mistura que resultou em inegável beleza que parece convidá-lo a eternizá-la. Cativo aceita o desafio.
E enquanto vai tecendo o quadro com mágicas pinceladas parece ouvir e ver personalidades que por ali deixaram sua marca.
Personagens eternos.
Vozes eternas.
E tudo, de repente, ganha cores serenas,cômicas, belas, graves, trágicas.
Parece ouvir ao longe a lírica Maria Callas e ver um dos gênios da dança, Nijinsky, em passos magistrais. Seria um delírio estar vendo flashs da Semana de 22? Passando por ali entre tantos:Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral,Di Cavalcanti.Parece escutar orquestras,música enfim... Ri da própria loucura!
E assim a cada pincelada que vão compondo sua obra, cenas vão se desenrolando pelo palco,pelas colunas neoclássicas,pelos mosaicos, mármores e vitrais,pelas decoradas paredes,pelo brilho dos cristais.
Vê como num sonho passar por ele Ramos de Azevedo, Cláudio Rossi e Domiziano Rossi ,os pais da soberba construção.Eles parecem lhe sorrir agradecidos por retratar o lindo e centenário ‘filho’,um provedor da arte,que garante um espetáculo para os olhos,para os ouvidos e para o coração. Eles guardam uma certeza: não há como não se apaixonar.
E assim o pintor não sente que venceu o desafio, mas que antes se tornou parte do lugar...








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